Fiscalização por videomonitoramento reduz acidentes
A fiscalização e o controle do trânsito através de câmeras de videomonitoramento está crescendo no Brasil. A partir da resolução nº 471 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que regulamenta o monitoramento através de câmeras nas rodovias brasileiras e permite a aplicação de multas, os resultados são evidentes.
Conforme o chefe de comunicação da PRF-PR, Wilson Martines, quando são de alta resolução, as câmeras permitem fiscalizar diversas infrações como: ultrapassagem em local proibido ou forçada, trânsito no acostamento, falar ao celular enquanto dirige, falta do uso do cinto de segurança, parar em local proibido e a evasão de pedágio.
Martines explica que as câmeras utilizadas são instaladas pelas concessionárias das rodovias, que disponibilizam o vídeo para que as delegacias possam fiscalizar e punir “O controle através das câmeras não serve apenas para aplicar multas. É possível monitorar a segurança do trânsito em geral, como verificar se há algum veículo quebrado e tomar providências em menor tempo”, avalia.
O videomonitoramento é feito em locais onde, pelos registros da PRF, há maior ocorrência de infrações. A tecnologia permite um incremento da segurança viária e faz com que haja uma conscientização coletiva. “Nosso recado para os motoristas é que essa é a fiscalização do futuro e significa que ele está sendo vigiado em toda a via, e não apenas onde há placas de sinalização, o que implica em mais segurança”, completa.
De acordo com o diretor da Perkons e especialista em gestão de trânsito e mobilidade urbana, Luiz Gustavo Campos, a resolução restringe o uso do videomonitoramento apenas ao ambiente rodoviário, mas no futuro, acredita que poderá ser estendido também para as vias urbanas. O monitoramento nas ruas poderia acontecer da mesma maneira que nas rodovias. “A opção por esta forma de fiscalização é natural e poderá se tornar uma tendência no Brasil à medida que os resultados melhorarem a mobilidade e a segurança”, afirma.
Para Campos, a eficácia está relacionada ao número de câmeras instaladas, à qualidade das imagens transmitidas - se possuem alta definição, capacidade de zoom e de cobertura – e à seleção dos pontos monitorados, assim como no efetivo de agentes nos centros de controle. O especialista entende que para essa ferramenta ganhar força no Brasil e se espalhar pelas cidades deverá haver um amplo processo de comunicação que mostre, de forma transparente, os locais que estão sendo monitorados e as condutas irregulares que serão fiscalizadas.